Chris Daughtry – Poker Face
Estou já sentado em frente à minha secretária. Este quartinho é um luxo comparado com qualquer outra classe de navio. Embarquei ontem e já tenho o quarto arrumado à minha maneira: Playstation, projector, tela feita com folhas de papel A4 coladas com fita cola e bandeira nacional hasteada num cabide. Só falta passar umas músicas de Roberto Leal e Tony Carreira para acender o emigrante que há em mim!
O segundo dia em Manhattan foi do melhor. Encontrei-me com o Fede em Columbus Circle, para irmos dar uma volta em Central Park. Fui de metro para encontrar-me com ele, mas achei divertida a idéia de sair duas estações antes e andar o resto. Aquilo até parecia pertinho no mapa. Afinal andei quarenta e não sei quantos quarteirões! Coitado do Fede que teve de esperar por mim. Tirei umas fotos, comprei um café, misturei-me com as gentes de cá, na tentativa de ficar estúpido, arrogante e ignorante (gordo já estou). Claro que não funcionou… continuo português e sem resquícios desta mentalidade americana. Baaah!
Foi giro encontrar os meus amigos Dexter e Hank Moody espalhados pela cidade inteira. Ao que parece é nesta época que começam as grandes séries e abrem as novas grelhas televisivas para estes lados. A NBC estreou Trauma, o Showtime estreou as novas temporadas de Dexter e Californication, e outras estações estão a lançar os seus trunfos para ganhar audiências. Tal como em Portugal com as dezenas de novelas da TVI! Vi publicidade muito engraçada por todo o lado. Inclusive, vi que o Steven Seagal está de volta. MEDO!
Alugámos umas bicicletas e fomos dar umas voltas. É a loucura andar de bicicleta no meio de Manhattan! É incrível como uma cidade consegue ser tão fascinante, seja pelo seu tamanho, pela diversidade e quantidade de pessoas nas ruas, pela imponência dos seus edifícios ou pela energia que transmite. É sem dúvida a cidade que nunca dorme (já o Frank cantava isso). Num domingo à noite, uma da manhã, e as ruas em redor de Times Square estavam pejadas de gente.
Apesar de tudo o que se vê na TV e nos filmes, é uma cidade segura. Polícia nas ruas é o que não falta. E a malta, por muito mau aspecto que possa ter, não se mete com ninguém. Certamente há zonas perigosas, mas se andarmos nas avenidas principais não há “espiga”. A ladroagem anda por cá na mesma, claro está. Mas sinto-me mais inseguro nas Mercês ou na Amadora.
Tentámos ir ao cimo do Empire State, mas o tempo de espera eram quarenta e cinco minutos. E depois de um dia inteiro a andar por todo o lado, terminámos subindo ao topo do Rockefeller. É neste edíficio que são os estúdios da NBC. Fica em frente ao Radio City Music Hall, onde os Dream Theater gravaram o DVD dos vinte anos da banda, aquele com a orquestra. Bem que podiam repetir enquanto estou por cá!
