Bacalhau das Caraíbas na Guiné: Não é uma má vida…

Eminem – Mockingbird

Ufa! Chegou hoje ao final um cruzeiro cheio de coisas boas. Visitei uma das comportas do Canal do Panamá, dei uma volta pela cidade, jantei na sala de restaurante com o meu departamento e montei a cavalo pela primeira vez. Adorei o passeio a cavalo pelo meio do mato, a ver macacos nas árvores, gigantes ninhos de térmitas e a paisagem junto do rio Belize. Isto seguido de um almoço muito caribenho, de um passeio de kayak e um mergulho na piscina antes de regressar ao navio.

O Canal do Panamá foi um dos momentos altos. É verdadeiramente uma obra-prima da engenharia. Atravessa o Panamá num dos pontos mais estreitos do istmo, fazendo a união entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Consiste em três conjuntos de comportas com lagos aritificiais entre eles. Ambos os oceanos estão ao mesmo nível, com apenas ligeiras variações devido às marés, mas devido ao relevo terrestre os lagos artificiais estão acima do nível do mar. Isto criou obstáculos que se resolveram usando as comportas e o recurso ao sistema de vasos comunicantes para elevar ou baixar as embarcações até ao nível da etapa seguinte. Fantástico! Só lamento não ter visto um daqueles enormes navios de carga a atravessar a comporta que visitámos. Isso fica para a próxima visita…

Andar a cavalo em Belize também foi divertido. Foi a minha primeira vez e por isso deram-me um cavalinho manso, de seu nome Banana. Portou-se muito bem. Aprendi que quando se anda a cavalo é melhor levar calças de ganga em vez do belo do calção de praia. É que aquilo esfrega esfrega esfrega esfrega esfrega esfrega esfrega esfrega esfrega e esfrega até não haver pêlos ou pele na face interna das coxas. E aprendi também que tirar fotos em andamento, com uma mão apenas enquanto a outra segura as rédeas, é mais complicado do que parece.

O almoço caiu que nem ginjas: franguinho com arroz e feijão cozinhados com leite de côco, acompanhados com papaia e ananás. Um luxo! E depois, para queimar as calorias da refeição, passeio de kayak. Termina-se com um mergulho na piscina e temos a receita para um dia em grande. Ainda regressei ao navio com energia suficiente para a visita diária ao ginásio Adonis no piso nove do Miracle. Isto sem contar com os “deveres” de namorado, que não posso deixar de cumprir.

Hoje é dia de compras de Natal. Até já sei qual vai ser a minha prenda: um novo iPod nano com mais espaço para a minha audioteca portátil. Se alguém tiver sugestões digam… escolhi-o porque não tenho especial interesse em nada abaixo dos mil e quinhentos euros. ; )

Tenho trabalhado que nem um cão, confesso. Mas ao menos o tempo livre é muito bem passado e em lugares onde o comum dos mortais gostaria de ir em férias pelo menos uma vez na vida. É como dise no título: não é uma má vida. Não é não!