quinta-feira, 10 de julho de 2008

Era uma vez os Maias…

Tão avançados e não inventaram elevadores...Papel de parede? Naaah... vamos gravar tudo na rocha que dura mais tempo!

… e não estou a falar de Eça de Queirós. Estes são um bocadinho mais antigos e têm (ou tinham) o péssimo hábito de cortar cabeças e arrancar corações. Tinham também uma espectacular arquitectura e uma ciência extremamente avançada quando comparada com outros povos da altura.

Foi há três dias que finalmente consegui visitar um dos mais fabulosos lugares do mundo: Chichén Itzá.

Esta é para fazer inveja à minha tia Lena, que sempre delirou com estas coisas da arqueologia!

Chichén Itzá é o que resta de uma cidade maia. Deambular por ali transporta-nos no tempo e faz-nos sentir tão pequeninos e insignificantes! Ecos do passado. O lugar é grandioso, imponente e carregado de uma inexplicável energia. Sente-se sabedoria no ar, em cada canto, em cada pedra. Milhares de anos depois… e continua ali, emanando poder. Olhamos em redor e quase conseguimos ver a multidão a aplaudir os jogadores de bola, a darem o máximo para serem os vencedores… para serem decapitados e oferecidos aos deuses, sendo-lhes concedida a honra última de trazer a água, a chuva, a vida ao seu povo. Ainda diziam os gauleses “estes romanos são loucos”… isso era porque a aldeia dos irredutíveis não código postal do México! Já viram bem? A equipa vencedora ganhava o direito de ser decapitada! Já estou a imaginar o Cristiano Ronaldo e o Nuno Gomes… começavam o jogo lesionados e a pedir substituição. Lesionavam-se durante o aquecimento! Imagino que o sangue seco daria cabo do penteado do Nuninho, pá. E isso seria inadmissivel! Também me parece que seria complicado fazer um campeonato para estes lados…

Se clicarem na foto podem vê-la em grande e ler a descrição do local. Para os linguistas recomendo a coluna central!

Duas paredes com anéis ao centro. Parece-me um bocadinho mais difícil que basketball! Ao fundo fica o Templo dos Jaguares e dos Escudos. Um esquema do campo de jogos Este edíficio está localizado num dos extremos do campo de jogos, na porção superior do esquema que meti em cima... apesar de no esquema não estar representado. E aqui está o Templo dos Jaguares e dos Escudos, representado na porção inferior do esquema.

O sentimento ao chegar aqui foi quase o mesmo que senti quando estive na Acrópole de Atenas: “fosga-se, viajar tão longe para ver calhaus”!    . . . Junta-se-lhe o segundo pensamento que nos salta à mente à chegada depois de duas horas enfiadas num autocarro cheio de americanos - “onde é que se mija??” - e está feita a descrição perfeita do que sentimos!

Naaaaa! Brincadeirinha! Foi mesmo o sentimento de vislumbramento e incredulidade. É uma das memórias que guardarei para sempre, mesmo que o Alzheimer me apanhe desprevenido daqui a uns anos!

Para todos os fãs de Tomb Raider: é incrível como um gajo olha para uma cena destas e só pensa que se fosse um jogo isto cuspia setas envenenadas à nossa passagem!  É inacreditável o quão detalhadas são as gravuras na pedra... isto é que são TEXTURAS. Dignas das mais recentes máquinas de jogos!

Dizem eles que os guerreiros eram sacrificados lá em cima, o coração era arrancado do peito, colocado sobre um altar e que os jaguares vinham comê-los ainda fresquinhos. Depois os corpos eram atirados cá abaixo sobre a multidão que os despedaçava e comia. Aaaah, como eram alegres e animadas as festas destes grandes malucos! Os pilares representam guerreiros.

Indescritível e inesquecível!

Mudando de tema, deixo-vos um pequeno jogo de observação. Para isso necessitam clicar na foto seguinte para abri-la em gloriosa alta-definição numa janela à parte. Vão olhar para ela com atenção e tentar descobrir uma “coisinha” que não é feita de pedra mas que é tão espectacular como o monumento fotografado.

Cliquem para ver a foto em tamanho real e encontrem o Wally! Há algo no meio das rochas que não é feito de pedra...

Entretanto, estou a dezasseis dias de deixar o Holiday. E há dois dias atrás recebi um pertubador e-mail da chefona que manda nos enfermeiros todos da frota. Acordaram-me com um telefonema a dizer que havia um mail urgente para mim. Lá arrastei o cú para fora da cama e fui ver do que se tratava. Proposta irrecusável de extensão de contracto por mais um mês, com transferência para a nova pérola da frota, o grandioso Splendor. Foi um bocado espectacular e triste ao mesmo tempo. A transferência seria para começar em Dover, Londres, a 13 de Julho. E para isso teria de deixar o Holiday hoje. Sem preparações, sem despedidas, sem celebrar o aniversário da Jaime daqui a quatro dias. Houve choradeira e tudo. Para mim fazia-me um bocado de “espéce” faltar ao casamento do Grégos no dia 9 de Agosto, entre outras coisas pelas quais tenho esperado ao longo destes quase seis meses de emigrante. Os motivos que a chefona apontou para me transferir é que me deixaram a escorrer baba. Três elogios com palavreado tão caro que tive de pedir ajuda ao dono do bar do costume, o Chad da Wet Wendy’s, para explicar o que ela queria dizer-me. É uma proposta que não deve, nem pode, ignorar-se… quando estão a ser transferidos os melhores profissionais de cada departamento e se é um gajo no final do primeiro contracto. É uma honra ser “escolhido”. Mas ficou tudo em stand-by. Eu seria o quinto enfermeiro e o Splendor não tem, de momento, quarto livre para mim. A “Hotel Operations” do Splendor travou o plano perfeito. Ainda estive para dizer à chefona que podia meter-me num quarto com uma romena, croata ou sérvia que até não me importava de partilhar a cama, desde que me mandasse uma foto de corpo inteiro antes de eu aceitar a transferência. Obviamente que isso seria tudo em nome do esforço e dedicação para ajudar a completar a equipa do Splendor! E pelo meio continuava a minha pesquisa sobre os países do leste da Europa…      ; )

Assim sendo, fica tudo suspenso. Continuo no Holiday até 24 de Julho. Daí voo para Atlanta e para Paris, onde chegarei às nove da matina do dia 25. Depois, para me ambientar, tenho quase doze horas de espera no aeroporto Charles de Gaulle. É caso para dizer “DASS”! Na prática aterro em Lisboa perto das dez da noite de 25 de Julho… mais de trinta e seis horas depois de deixar a minha caminha no Holiday. O que ainda me anima nesta horrível e longa viagem de regresso é que terei umas dez horas para passear em Paris. Não é todos os dias que se consegue dar um passeio por Paris, só para passar o tempo!

Estou neste momento a aceitar aplicações para irem buscar-me ao aeroporto! Já construí uma grelha para avaliar as propostas e posso adiantar que gajas boas com decotes arrojados e mini-saias e botas de cano-alto têm pontos extra e maior probabilidade de conseguir levar-me a casa! Só uma pessoa tem vantagem sobre as gajas boas e é o Fagulha. No entanto, só tem direito aos pontos extra se fizer-se acompanhar da minha Playstation 3 e respectivos acessórios. Há também um item na grelha que dá uma enorme vantagem a quem quiser oferecer-me um LCD Samsung Full HD da série 500 de 40 polegadas e um móvel para a sala. Fico então a aguardar as propostas aqui no blog.

Para terminar deixo a solução do joguinho que comecei lá atrás. Viram a foto com atenção? Descobriram o que quis que descobrissem? Se não conseguiram, vejam agora o que estava lá “escondido”! A foto abaixo é um recorte da original.

Conseguem ver? Não é linda?

Um gajo tropeça em iguanas por onde quer que vá! E são enormes!

E como momento humorístico da semana, o grandioso Nuno Markl e o seu “Livro dos Porquês” e a história de Osama Bin Laden. Divirtam-se!

2 comentários:

Anónimo disse...

muito bonito com excecpção das iguanas,também vou lá tar no aeroporto e vou sem os requesitos necessarios rsrsrs...

bejocas

Anónimo disse...

Visita fantastica ao passado...onde parecemos tão insignificantes ao pé de marcos da historia...mas qd tenho pena de n poder estar ai...penso logo nas iguanas..e assim adoro a minha casa e lisboa!!...bjs xana (a tua educadora)