… e não estou a falar de Eça de Queirós. Estes são um bocadinho mais antigos e têm (ou tinham) o péssimo hábito de cortar cabeças e arrancar corações. Tinham também uma espectacular arquitectura e uma ciência extremamente avançada quando comparada com outros povos da altura.
Foi há três dias que finalmente consegui visitar um dos mais fabulosos lugares do mundo: Chichén Itzá.
Chichén Itzá é o que resta de uma cidade maia. Deambular por ali transporta-nos no tempo e faz-nos sentir tão pequeninos e insignificantes! Ecos do passado. O lugar é grandioso, imponente e carregado de uma inexplicável energia. Sente-se sabedoria no ar, em cada canto, em cada pedra. Milhares de anos depois… e continua ali, emanando poder. Olhamos em redor e quase conseguimos ver a multidão a aplaudir os jogadores de bola, a darem o máximo para serem os vencedores… para serem decapitados e oferecidos aos deuses, sendo-lhes concedida a honra última de trazer a água, a chuva, a vida ao seu povo. Ainda diziam os gauleses “estes romanos são loucos”… isso era porque a aldeia dos irredutíveis não código postal do México! Já viram bem? A equipa vencedora ganhava o direito de ser decapitada! Já estou a imaginar o Cristiano Ronaldo e o Nuno Gomes… começavam o jogo lesionados e a pedir substituição. Lesionavam-se durante o aquecimento! Imagino que o sangue seco daria cabo do penteado do Nuninho, pá. E isso seria inadmissivel! Também me parece que seria complicado fazer um campeonato para estes lados…
O sentimento ao chegar aqui foi quase o mesmo que senti quando estive na Acrópole de Atenas: “fosga-se, viajar tão longe para ver calhaus”! . . . Junta-se-lhe o segundo pensamento que nos salta à mente à chegada depois de duas horas enfiadas num autocarro cheio de americanos - “onde é que se mija??” - e está feita a descrição perfeita do que sentimos!
Naaaaa! Brincadeirinha! Foi mesmo o sentimento de vislumbramento e incredulidade. É uma das memórias que guardarei para sempre, mesmo que o Alzheimer me apanhe desprevenido daqui a uns anos!
Mudando de tema, deixo-vos um pequeno jogo de observação. Para isso necessitam clicar na foto seguinte para abri-la em gloriosa alta-definição numa janela à parte. Vão olhar para ela com atenção e tentar descobrir uma “coisinha” que não é feita de pedra mas que é tão espectacular como o monumento fotografado.
Entretanto, estou a dezasseis dias de deixar o Holiday. E há dois dias atrás recebi um pertubador e-mail da chefona que manda nos enfermeiros todos da frota. Acordaram-me com um telefonema a dizer que havia um mail urgente para mim. Lá arrastei o cú para fora da cama e fui ver do que se tratava. Proposta irrecusável de extensão de contracto por mais um mês, com transferência para a nova pérola da frota, o grandioso Splendor. Foi um bocado espectacular e triste ao mesmo tempo. A transferência seria para começar em Dover, Londres, a 13 de Julho. E para isso teria de deixar o Holiday hoje. Sem preparações, sem despedidas, sem celebrar o aniversário da Jaime daqui a quatro dias. Houve choradeira e tudo. Para mim fazia-me um bocado de “espéce” faltar ao casamento do Grégos no dia 9 de Agosto, entre outras coisas pelas quais tenho esperado ao longo destes quase seis meses de emigrante. Os motivos que a chefona apontou para me transferir é que me deixaram a escorrer baba. Três elogios com palavreado tão caro que tive de pedir ajuda ao dono do bar do costume, o Chad da Wet Wendy’s, para explicar o que ela queria dizer-me. É uma proposta que não deve, nem pode, ignorar-se… quando estão a ser transferidos os melhores profissionais de cada departamento e se é um gajo no final do primeiro contracto. É uma honra ser “escolhido”. Mas ficou tudo em stand-by. Eu seria o quinto enfermeiro e o Splendor não tem, de momento, quarto livre para mim. A “Hotel Operations” do Splendor travou o plano perfeito. Ainda estive para dizer à chefona que podia meter-me num quarto com uma romena, croata ou sérvia que até não me importava de partilhar a cama, desde que me mandasse uma foto de corpo inteiro antes de eu aceitar a transferência. Obviamente que isso seria tudo em nome do esforço e dedicação para ajudar a completar a equipa do Splendor! E pelo meio continuava a minha pesquisa sobre os países do leste da Europa… ; )
Assim sendo, fica tudo suspenso. Continuo no Holiday até 24 de Julho. Daí voo para Atlanta e para Paris, onde chegarei às nove da matina do dia 25. Depois, para me ambientar, tenho quase doze horas de espera no aeroporto Charles de Gaulle. É caso para dizer “DASS”! Na prática aterro em Lisboa perto das dez da noite de 25 de Julho… mais de trinta e seis horas depois de deixar a minha caminha no Holiday. O que ainda me anima nesta horrível e longa viagem de regresso é que terei umas dez horas para passear em Paris. Não é todos os dias que se consegue dar um passeio por Paris, só para passar o tempo!
Estou neste momento a aceitar aplicações para irem buscar-me ao aeroporto! Já construí uma grelha para avaliar as propostas e posso adiantar que gajas boas com decotes arrojados e mini-saias e botas de cano-alto têm pontos extra e maior probabilidade de conseguir levar-me a casa! Só uma pessoa tem vantagem sobre as gajas boas e é o Fagulha. No entanto, só tem direito aos pontos extra se fizer-se acompanhar da minha Playstation 3 e respectivos acessórios. Há também um item na grelha que dá uma enorme vantagem a quem quiser oferecer-me um LCD Samsung Full HD da série 500 de 40 polegadas e um móvel para a sala. Fico então a aguardar as propostas aqui no blog.
Para terminar deixo a solução do joguinho que comecei lá atrás. Viram a foto com atenção? Descobriram o que quis que descobrissem? Se não conseguiram, vejam agora o que estava lá “escondido”! A foto abaixo é um recorte da original.
E como momento humorístico da semana, o grandioso Nuno Markl e o seu “Livro dos Porquês” e a história de Osama Bin Laden. Divirtam-se!
2 comentários:
muito bonito com excecpção das iguanas,também vou lá tar no aeroporto e vou sem os requesitos necessarios rsrsrs...
bejocas
Visita fantastica ao passado...onde parecemos tão insignificantes ao pé de marcos da historia...mas qd tenho pena de n poder estar ai...penso logo nas iguanas..e assim adoro a minha casa e lisboa!!...bjs xana (a tua educadora)
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