domingo, 7 de dezembro de 2008

O meu primeiro Natal Tropical!

Quem diria que é Natal...?

É o meu primeiro Natal Tropical. Até é estranho ver uma árvore de Natal quando se chega ao México. Não sabe a Natal… não parece Natal, não cheira a Natal. Certamente será um dia diferente do que foi há um ano atrás, sozinho na cama, com febre, depois duma noite numa maca da urgência. A vida dá muitas voltas, faz-nos passar por coisas impensáveis. E mostra-nos que tudo pode mudar num piscar de olhos. Apesar da distância dos amigos e família, apesar de todas as mudanças do último ano, apesar de tudo o que ainda está para acontecer na minha vida, espero que seja bom e inesquecível. E desta vez não há NINGUÉM a obrigar-me a comer bacalhau! Também não há o cabrito assado da mamã… nem o Fialho a desembrulhar as meias, nem a Albertina a rir-se do beiço do Fialho com as prendas junto ao nariz para ver o que está a fazer, nem os putos a fazer algazarra com as prendas ou o Filipe a contar histórias do arco-da-velha das noites nos hóteis com as vedetas do pop-rock nacional e a mãe e a tia a tirar fotos e a rir-se no meio da confusão. Longe vão os natais em família, aqueles que realmente me marcaram. O tempo não pára, a vida não perdoa e tudo segue em frente. Só ficam as recordações dos natais passados. Daqui a uns anos serei eu a rir e a tirar fotos dos meus putos a fazer algazarra e da cota a desembrulhar as meias ou os caríssimos frascos de perfume de que tanto gosta. Este será apenas um Natal de transição… no calor dos trópicos, ao som das canções dos Mariachis.

À espera que me levassem pelos ares

Mudando de assunto, na posta anterior prometi imagens da heli-evacuação. Como não gosto de faltar ao prometido deixo-vos uma montagem do que consegui recolher pelo navio “afora”. Houve quem fotografasse, houve quem filmasse. A regra era “nada de fotografia com flash, para não cegar o piloto”. Sendo que foi de noite e no meio do mar, as fotos ficaram escuras e desfocadas. Já os vídeos saíram melhores. Foi bom regressar ao navio e saber que houve quem tentasse recolher imagens da “aventura”, já que eu estava demasiado embrenhado no que estava a fazer para pensar em fotos e vídeos. Obrigado à malta que conseguiu capturar algumas imagens.

Foi um dia cansativo e uma noite maluca. Não me alongo em descrições porque a posta anterior já abordou a aventura. Não podia deixar de mostrar-vos as imagens recolhidas por um dos electricistas que participou na operação e o vídeo é o conjunto das melhores da noite. Não percebo nada de pilotagem de helicópteros. Sei como funcionam e que tipos de controlos têm (depois de muitos anos a jogar computador), mas fiquei fã destes gajos da guarda-costeira. A máquina parecia estar ligada ao navio por um fio invisível, nem mexia. Seria normal urinar-me com medo, mas em momento algum senti que houvesse algum risco para a minha segurança. Estes gajos sabem o que fazem! As minhas colegas que o digam, que todas queriam ser içadas por um cabo de aço com um guarda a abraçá-las com as pernas! Fui eu o “sortudo”… mas para a próxima mando uma delas, para não ficarem com ciúmes.

Ia a passear em Cozumel e tive de parar quando vi o pelicano junto ao mar... apenas mais um momento no meio de tantos ao longo deste ano que está perto do fim...

Mudando de assunto, há que mencionar algumas alterações nos meus planos. Foi-me proposta uma extensão de contrato, e aceitei. Já não regresso a casa a 11 de Janeiro. Fico por cá mais uma semana e com isso ganho uns trocos extra e acabo por ficar em Portugal por mais tempo do que estava previsto. Calha bem… há que aproveitar os dias extra com os amigos(as). A viagem a Paris não é afectada de forma alguma e os dias a mais deste lado ajudam a reforçar o orçamento, o que também é sempre bem-vindo. Também não fica mal aos olhos da patroa, que sempre que pede alguma coisa não a deixo ficar mal, seja para esticar o contrato, seja para ser transferido para outro navio na meia-hora a seguir ao telefonema. Sempre ouvi dizer que “amor com amor se paga”… e se me fazem sentir bem aqui, retribuo à altura. Até agora todos os meus desejos foram satisfeitos, e há que mostrar que estou agradecido ajudando quando me pedem. Não chores por mim, Portugal… eu volto a casa na mesma. É só mais uma semana de ausência!

Almoço com o Trio Clássico na Jamaica. Tive um AIT durante a refeição, mas recuperei depressa.

Hoje o dia terminou duma forma engraçada. Quando ia mudar de roupa para ir ao bar beber uns copos com os amigos e dizer adeus ao Matt (que me tem acompanhado desde o contrato anterior), estava a conversar com a Chris à porta do quarto dela e consegui ver-lhe o chuveiro. Não consegui conter a gargalhada e tive de correr para ir buscar a câmara fotográfica. Passo a explicar… e com imagens! As fotos que se seguem são do chuveiro duma mulher:

Chuveiro duma mulher... vá, façam um esforço e contem os frascos! Não ignorar o facto de haver mais tralha sobre a torneira e na prateleira do duche!

E a próxima é a foto do chuveiro dum gajo… careca, ao que parece:

Só dois frascos?!!? Por que será que as mulheres precisam de QUATORZE frascos??

Alguém desse lado é capaz de explicar-me por que precisa uma mulher de QUINZE frascos no duche?! Alguns podem perguntar-me por que preciso eu de dois frascos, quando o cabelo é pouco e posso lavar a cabeça com sabão-macaco,. E também é uma pergunta válida. Mas c’um catano, as fêmeas gostam de complicar, ou quê?! Não admira que um duche de gaja demore quarenta e cinco minutos… três quartos do tempo é para decidirem qual gel/creme/shampoo/condicionador/raiocasparta vão usar!

Deixo-vos com o meu último pensamento da semana. Este vai direitinho para a minha Irmandade. Não é do Anel. Nem é do Anal, embora de vez em quando abordemos a temática e as opiniões acabem por entrar em conflito… e apesar de numa passagem de ano termos acabado a dormir juntos. Aaaah, nada como acordar com a mãe a abrir a porta do quarto e a interrogar-se: “três na mesma cama?!”. Momentos que nunca se esquecem!    : )

A Irmandade... menos um.

É a minha Irmandade, aqueles três amigos mais próximos que estão (quase) sempre a par de tudo o que se passa e entre os quais não há segredos. Enquanto editava o vídeo do helicóptero saltou-me à memória uma viagem de carro com a Irmandade. E, para além da infindável conversa sobre gajas, o que mais me marcou foi a impaciência do Fechas e o desepero do Mário em tentar mantê-lo sossegado e controlado. O vídeo que se segue é a descrição perfeita duma viagem com a Irmandade.

---Templas, JP e Fechas, esta piada é para vocês!---

6 comentários:

Anónimo disse...

Bom, por acaso eu e o Fechas vimos esta posta uns minutos depois dele, enquanto olhava para o último bocado da minha tosta, dizia: "não vais comer isso, pois não?". Ao que respondi "porquê? Queres?" (Como se não soubesse!) e ele encolheu os ombros e soltou um "ah...é que só vou jantar lá para as 9h". E é assim a vida de alguém que é controlado pelo próprio estômago, como se fosse uma pessoa à parte!

Anónimo disse...

E sim, ele comeu o resto da tosta!

Unknown disse...

Oi pascoal,
só para te desejar um Feliz Natal!

Abraço
Bishop

Anónimo disse...

ler o teu blog é sempre um momento de boa disposição, continua a escever. Beijos Respeta

Anónimo disse...

Bom, vou responder em minha defesa (e em defesa da pobrezinha da Chris)... SIM, e estritamente necessário ter mais do que 3 frascos de shampoo e mais alguns de amaciador e máscaras capilares. Por exemplo, se queres ter o cabelo com volume, macio e brilhante tens de usar no mínimo 3 shampoos: um que os deixe macios, outro que os deixe brilhantes e outro que os deixe com volume... depois podes usar outro para cabelos loiros, podes ter a infelicidade de ter caspa... enfim...toda uma variedade de situações...
Porta bem.... um beijo com saudade

Anónimo disse...

beijocas e umas festas felizes