segunda-feira, 31 de março de 2008

A vida de um residente no México!

O meu carocha!

Não vou alongar-me muito. Cheguei ao México ontem e o meu navio só doca amanhã de manhã. Tenho hotel pago, comida até 42 dólares por dia e muito sol para curtir! Aluguei um mega carocha mais velho que eu e tenho viajado por aí. Dei a volta à ilha hoje, fui nadar e tirar fotos debaixo de água e agora estou sentado numa esplanada com internet à borla, acabadinho de comer umas quesadillas espectaculares e ainda a beber a bela da cervejola mexicana.

A nadar nestas águas tão quentinhas

Vim só fazer um pequeno post para deixar a malta com inveja! Mais logo escrevo mais... depois de regressar do cinema. Vou ver "Jumper" com legendas em espanhol, lá para as dez da noite. Estou neste momento com setes horas de diferença de Portugal, já que por aí já se usa hora de Verão e aqui só se muda no mês que vem. Rodeado de peixes! Só me apercebi que tinha peixes à minha volta porque os senti a tocar-me

Beijinhos, abraços e até amanhã!

Escolha aleatória

(Nota: post escrito durante a viagem de avião, ontem; atrasei a publicação devido às fotos)

 

O Lobby do Legend. Três fotos panorâmicas em frente aos seus três elevadores panorâmicos, como quem olha para o tecto e vê a luz do sol no topo.

A aventura "lendária" chegou ao fim. Neste momento estou sentado num avião que parece saído da 2ª Guerra Mundial, a viajar entre Miami e Cozumel. Deixei o Legend esta manhã em Tampa, Florida. Táxi para o aeroporto, Boeing 737 da American Airlines para Miami e ATR da American Eagle para Cozumel. É então no México que vou ficar DUAS NOITES com tudo pago à espera que o Holiday chegue. Quão fixe é isso?? Bem-vindas mini-férias! Depois de ser transferido para o Legend para ajudar num surto viral e trabalhar que nem um cão (que é cerca de um décimo do que se trabalha no HFF) num navio que não conheço, até calha mesmo bem ficar de papo para o ar a apanhar sol e a beber cervejola mexicana! Foi uma experiência inesquecível - mais uma - nesta nova jornada da minha vida. Conheci duas enfermeiras muito fixes e vi um dos navios mais lindos da frota. E talvez até algumas das "babes" mais giras da frota também, já que este está muito mais bem servido do que o Holiday... infelizmente!

Outro ângulo da claraboia do lobby. Uma majestosa pintura do Colosso de Rodos... fantástico

O chato destas aventuras é ter de passar por todos os controlos de emigração e alfândega em todo o lado. No aeroporto de Tampa calhou-me outra vez o "aleatório" procedimento de segurança extra. Ou seja, o estrangeiro com vôo marcado à última da hora leva sempre com uma pesquisa exaustiva, e puramente aleatória, de tudo o que é malas e sacos e bolsos e sei lá mais o quê. E não, ainda não foi desta que me pesquisaram cavidades corporais!

Uma relaxante pausa para o almoço ao largo de Belize, com o Carnival Miracle ao fundo. Adoro isto!

Desta vez fizeram-me duas cenas que nunca tinha visto. A primeira foi entrar numa cabine com uma câmara e umas luzes. Disseram-me "entra lá para dentro e não te mexas até eu dizer". E do nada começo a levar com baforadas de ar que me sacudiram a roupa toda e o cabelo e a cara e tudo. Imagino que para as gajas seja quase uma espécie de tratamento para remover células mortas e renovar a pele. Foi estranho... entrar numa cabine e "PFFF, PFFFF, PFFFF" e "pode saír". De seguida sentei-me numa cadeirinha e esperei que me revirassem TODA a mochila carregada de tecnologia. Playstation 2, Playstation Portable, jogos, comandos, câmara fotográfica, telemóveis e milhentos carregadores para tudo isso.

Cardiac Room na enfermaria do Legend. É tudo tão lindo!!!

A outra cena estranha que nunca tinha visto foi com o meu iPod. Ligaram-me o iPod Nano a uma máquina qualquer durante uns instantes e depois retiraram-no e devolveram-mo. Estranho.... não faço puto de idéia do que era aquilo. Lá me esfregaram o portátil todo com papelinhos redondos à procura de qualquer espécie de explosivo em pó que deve existir nos portáteis.

Life ring O funnel é a imagem de marca de todos os navios da Carnival

À chegada a Miami tive de saír da zona de embarque para ir comprar o meu novo e antecipadíssimo jogo da PSP - Crisis Core Final Fantasy VII. E por ter saído tive de voltar a entrar... e a passar pela segurança de novo. Nova pesquisa extra. Estes gajos topam-me à distância. Loiro. branco e de olhos azuis sou logo identificado como afegão e toca de revistar as malas como se não houvesse amanhã. Mochila dentro da máquina de Raio X e a senhora a dizer em voz alta "bag check!!! bag check here"! E lá me abriram a mala toda, só fios e transformadores cá para fora e o catano.

Supper Club

O vôo atrasou-se porque foi preciso fazer manutenção ao avião e ainda deu para experimentar o meu novo joguinho. Final Fantasy no seu melhor! ---Luna, só o vídeo de abertura é de ficar a salivar!---

 

A vida no Legend foi trabalhosa mas teve os seus bons momentos. Ontem foi a minha última noite e estava prometido um mega-jantar no luxuoso Supper Club. A Jody e eu, uma enfermeira canadiana muito gira e porreiraça, tivemos tratamento VIP. TIvemos direito a tudo o que são prendinhas "com os cumprimentos do Chef". Viva o LUXO! Bebi outra vez o belo do tinto Merlot Rutherford de Napa Valey, colheita de 2003. Que pomada! Ainda vai a descer e já se sente o calorzinho! Como entrada foi o belo do cocktail de camarão e Lobster Bisque (sopa de lagosta com pão e sei lá mais o quê - delicioso). E como prato principal fui mesmo para a lagosta, acompanhada por saladinha de espinafres com pedacinhos de bacon, cogumelos e queijo. A sobremesa eram três taças com coisas diferentes. Duas eram elevadíssimas concentrações de chocolate e a terceira era o belo do cremoso tiramisú. Que grande jantar! Já passaram quase 24 horas e ainda estou cheio!

A minha quase avioneta

Fiz as malas e vi um filme que me impressionou pela positiva: o polémico documentário/monólogo de Al Gore - "An Inconvenient Truth". Espectacular! Recomendo vivamente. Nos dias anteriores vi "Balls of Fury" - espectacularmente traduzido "à letra" para português como "Não Me Toques Nas Bolas". Uma espectacular viagem ao submundo do ping-pong numa comédia super fixolas! Vi-o no cinema com o Fechas antes de vir para cá e agora vejo-o de vez em quando no canal de filmes dos tripulantes. Ainda esperei pela hora de desembarcar esta manhã, entretido com o Beowulf.

Miami vista do céu

Esta vida é tão estranha... andar de casa às costas, conhecer pessoas com quem nos damos bem para as deixar quatro dias depois e possivelmente nunca mais voltar a vê-las, andar de avião como quem anda de autocarro, falar duas línguas que não são as que aprendemos ao colo da mamã, fechar a enfermaria e ir almoçar sentadinho numa esplanada ao sol a ver o mar das caraíbas e Belize ao fundo, aproveitar duas horas livres para beber um mojito à beira mar nas Honduras e chegar de novo ao trabalho com a carinha bronzeada, receber o ordenado em notinhas verdes dentro dum envelope, sentir-lhe o peso e andar com ele num bolso para todo o lado... e no final ficar três dias sem fazer nada no sol do México, a nadar no mar das caraíbas e apenas pagar as bebidas que contenham álcool. Acho que estou cansado disto. Se há empregos chatos, este é um deles!

Acabadinho de saír do Legend

 

Alguém quer trocar comigo?

quarta-feira, 26 de março de 2008

A minha vida é uma aventura!

A minha nova casa até domingo

Hoje foi dia de Cozumel. Infelizmente estava destinado a trabalhar e a não ir á rua... mas nunca pensei que fosse ser obrigado a saír do navio.

Um dia de trabalho como todos os outros, muuuito calmo como é sempre em Cozumel, já que toda a gente vai para a borga. Os tripulantes tinham de estar de regresso ao navio às 17h30 e isso dava-me hora e meia para terminar o meu turno e ir dar um mergulho nas águas quentes do México. Melhor ainda, a minha chefinha, que é quem me rende, disse que não ia saír e que me rendia às três da tarde. Em troca fui adiantando uma carrada de trabalho que ela teria amanhã durante o dia.

Almoçámos no Lido Deck e especialidades francesas estavam na ordem do dia. Rika, eu e o novo médico, o Aleks. É de Montenegro, cirurgião. Grande bacano! Tenho ido beber uns copos com ele à noite e tudo. Terminámos o almoço, a Rika foi apanhar banhos de sol à beira da piscina enquanto lia um livro e ouvia música. O Aleks e eu fomos dar uma volta.

Regressei à enfermaria e recebi um telefonema estranho. Habitualmente quando nos ligam conseguimos ver o número de onde estão a ligar. Desta vez só vi asteriscos. Surpresa das surpresas: era do escritório em Miami a dizer que por uma emergência um dos enfermeiros do Holiday tinha de ser imediatamente transferido para o Legend que estava ancorado noutro porto em Cozumel. História do costume, a enfermeira chefe não pode abandonar o navio, a outra também é sul africana e não pode viajar livremente em lado nenhum e não pode desembarcar no México pelo que sobrou uma alminha: EU!

Não cansa olhar para os meus finais de tarde. Para quando, Magda

P#%@ da loucura! Fui transferido às três pancadas para um navio gigante. Legend, Spirit Class. Peguei em duas malas e arrumei tudo o que pude. Supostamente esta transferência será até domingo, dia em que o Legend doca em Tampa na Florida e recebe um novo enfermeiro. Nesse dia o Holiday está no mar, no dia seguinte está em Progreso e só vai estar em Cozumel de novo na 3ª feira. O Legend só regressa a Cozumel na 4ª feira. Ou seja... provavelmente sou desembarcado no domingo na Florida e vôo para o México de novo para me juntar ao Holiday. Não faço puto de idéia se é isso que vai acontecer! Acho que ainda ninguém sabe, mas para o Legend estar agora com três enfermeiros o Holiday ficou com apenas dois, o que significa que vou regressar para junto dos meus amigos quando o outro chegar aqui. Logo se vê. Adorei este navio, mas até me faz confusão deixar o Holiday e todas as pessoas que conheci lá e com quem sei que vou ficar até ir embora de férias para Portugal... nem tive tempo de dizer adeus a ninguém porque estava tudo a curtir em Cozumel.

Para já conheci duas novas enfermeiras muito fixes. A minha nova chefe trabalha para a Carnival há 20 anos!!! C'um catano! Quando lhe disse que planeei vir para aqui por apenas 5 anos respondeu-me a rir "também eu"! A outra enfermeira é uma senhora casada, de 33 anos, canadiana e muito gira. Já me mandou umas três ou quatro bocas de cariz sexual que me deixaram a pensar se é suposto eu responder à altura. Só me fala em andar nú por aqui ou por acolá e parece-me estar com as hormonas mais selvagens que as minhas!

O navio em si é lindo de morrer. GIGANTE!!! Silencioso, nada de vibrações como no Holiday. Para terem uma idéia, só me apercebi que estavamos em movimento porque vim cá fora e vi que já não estavamos no porto. É TÃO luxuoso! E o médico é um espertalhão: na visita guiada ao navio só me apresentou às gajas boas! Acho que no que toca a "hormonas desenfreadas" já não sou quem está pior.

O ULTRA-LUXUOSO restaurante Supper Club. Achei o tecto digno de ser fotografado.

A minha cabine aqui é espectacular! Tenho uma secretária, um sofá, uma mesinha, televisão, leitor de DVD, aparelhagem, mega cama de casal cheia de almofadas (o que reforça ainda mais o sentimento de "não gosto desta dieta de pão e água"). No Holiday nunca senti necessidade de andar com um mapa do navio no bolso. Aqui até tenho medo de saír da enfermaria sem ele!

Panorâmica da minha cabine. Não é tão grande como parece, mas é um luxo!

Ah, já agora, a enfermaria tem umas 7 salas. É BRUTAL! Estou estupefacto. E esta não é a maior classe de navios da Carnival. A maior até agora é a Conquest Class, navio para onde vou no próximo contrato. Já existe uma nova classe, cujo primeiro navio, o Splendour, tem viagem inaugural lá para Junho.

Outro ângulo da minha cabine. Nem quero habituar-me para não chorar quando regressar ao velhinho Holiday...

Outra coisa que me confunde imenso é que o Holiday tem a hora do Alabama: GMT-6 (actualmente apenas -5 porque já mudámos para horário de Verão e a Europa ainda não). O México tem a hora de Inverno até Abril. E o Legend, onde estou agora, tem a hora da Florida, que é GMT-5. Confuso? Na prática estou agora com apenas 4 horas de diferença de Portugal.

Câmara com zoom no máximo e o Holiday lá muito ao fundo no horizonte enquanto deixamos o México para trás

Amanhã o navio passa numa ilha das Honduras que não me lembro o nome e vou poder ir à rua apanhar ar. A minha coleguinha das piadinhas atrevidas já se comprometeu a ir mostrar-me a ilha. No dia seguinte paramos em Belize mas penso que vou estar a trabalhar. Depois voltamos a Tampa na Florida.

Amanhã ou depois darei mais novidades. Para já estou ainda estupidifcado com a confusão que foi o dia de hoje.

Nesta foto até parece pequenino

segunda-feira, 24 de março de 2008

O prometido é devido

Uma ilha no horizonte

E como tal dediquei uns minutos do final da tarde a fotografar o pôr-do-sol à medida que deixamos o Alabama em rumo ao México. Tirei 140 e poucas fotos, em vários modos da câmara, a experimentar com a velocidade de obturação, zoom, etc.. Consegui umas fotos bem fixes que deixo aqui para vocês!

Entretanto tive a minha primeira aula de guitarra com o Matt. Começámos pelos conteúdos que vamos abordar e pela forma como vamos fazê-lo. Aprendi acerca da pauta, das notas na pauta e respectivas posições no braço da guitarra, para começar a ler música. Construção das escalas, intervalos e por aí adiante. E foi na parte da técnica que fiquei deprimido. Após uns 15 anos a tocar guitarra sem qualquer formação descubro que a minha técnica é incorrecta em tudo. Maus vícios, má colocação quer da mão esquerda, quer da mão direita. Mau posicionamento da guitarra... tudo! E o pior é que as coisas que até conseguia tocar bem à minha maneira, não consigo tocar na posição correcta. Estou deprimido!

Pela foto nem se percebe o frio quase insuportável que se sentia!

Fui jantar para afogar as mágoas e sentei-me na mesa da Heather, a cantora super-sexy que quase me fez esconder-me debaixo da cadeira no show de ontem. Estava lá mais gente na mesa: o Matt do trombone (ou Trombone Matt como lhe chamamos, já que há três Matts na banda), um outro americano que trabalha nos audio-visuais do navio, a Heather e eu. E no meio de uma conversa qualquer disse-lhe "ontem bem que me deixaste envergonhado"! Ela riu-se e um deles perguntou porquê, ao que ela respondeu "I was having eye-sex with him yesterday"! Ela achou piada! Principalmente porque toda a gente começou a olhar para mim quando ela fez isso! Não nego que gostei... se fosse um desenho animado era a cena em que engolia em seco e se via uma volume gigantesco a passar-me pelo pescoço, tendo que alargar o colarinho com um dedo para passar na goela! Ai ó minha mãezinha, bem que te levava uma nora americana! Tinha era de arranjar maneira de mandar o Dave borda fora... ainda que eu goste dele e não lhe deseje mal algum.   ;)  

Aproveitei também para mandar um e-mail à Norwegian Cruise Lines com o meu currículo e um pedido de informações. Se pagarem em €uros não me importo nada de mudar de camisola!

E "prontos", não tenho nada de novo para dizer. Vou deitar-me a ver um filme. Hoje não me apetece borga.

Um farol e as plataformas petrolíferas lá ao longe

Nota: todas as fotos do blog têm legenda ao deixar o cursor sobre elas, mas a funcionalidade não está disponível com o Firefox.

Recessão económica...

O pequenito Holiday e o Navigator Of The Seas. Ainda estou pasmado com a espectacular função Panorama da minha câmara! Isto são 4 fotos numa só. Parece um postal...

Estou deprimido. Hoje fui abrir uma conta aqui nos States já que é a forma mais fácil de mandar dinheiro para casa. Mas será que quero mesmo mandar dinheiro para aí? Não fosse por ter de pagar a renda, guardava todo o meu dinheirinho aqui debaixo do colchão até que os Estados Unidos voltassem a ter algum poder económico.

Há dois meses quando saí de Portugal, $1 USD (United States Dollar) eram 0,74€. Hoje deu-me para ir ver de novo a taxa de câmbio e o dólar desceu 10 cêntimos desde que cheguei. Isso quer dizer que $1 USD é igual a 64 cêntimos em Portugal! Que miséria!  Será que alguma vez o dólar vai estar a par do €uro novamente? Ia ficar tão feliz!

Antes adorava importar tretas daqui via internet porque ganhava imenso com a taxa de conversão e ausência de IVA. Agora que me pagam em dólares já não acho piada nenhuma. Vou informar-me acerca de trabalhar para uma das empresas de cruzeiros Norueguesas. Já vi uns quantos navios deles em Cozumel. São gigantes! Sei que alguns vêm da Europa, param em Lisboa, atravessam o Atlântico, vêm às Caraíbas e regressam à Europa. Antes de mais era espectacular que, sendo uma companhia europeia, pagassem em €uros. E seria mais do que espectacular parar em Lisboa, almoçar com a mãe, lanchar com amigos e embarcar rumo às caraíbas. Fazer isto duas vezes por mês era um luxo imensurável!

Alguém tem uma cunha na Norwegian Cruise Lines? Loiro e de olhos azuis até tenho pinta de nórdico... só me falta ter dois metros de altura!

Tenho idéia de ter mencionado num outro post que tive uns cruzeiros de luxo, com folgas em todos os dias de porto. Pois vem aí uma "má" sequência de cruzeiros. Sei que nos dois próximos estarei a trabalhar em Cozumel... vou apenas poder nadar e apanhar Sol em Calica e Progreso. Sei também que não vou estar disponível em Mobile. Os dias em que vou estar livre são dias no mar ou em Progreso e Calica. Ou seja, tenho sol e praia, mas não tenho internet rápida e grátis (pelo menos que eu saiba) em nenhum bar à beira-mar, como no Hotel Barracuda. É giro como isto pode ser o pior que tenho aqui em termos de horário!   :)   Antes de me meter nisto, um horário mau era estar 25 dias sem folgas e a trabalhar 16 horas seguidas quase todos os dias. Dormir era um luxo! Aqui queixo-me se não estou livre em todos os portos. Realmente, o ser humano é mesmo difícil de satisfazer!

Outro pôr-do-sol com a costa dos EUA à vista. Mais uma vez apanhei-o no final... mas hoje prometo que vou estar atento para tirar uma foto de jeito!

Ontem foi o último "sea day" do cruzeiro que terminou hoje. Como é habitual os espectáculos começam muito mais cedo e fui ver as minhas vizinhas dançar. Foi noite de Shout. Shout é um espectáculo da Carnival, galardoado com prémios e tudo. Passa por montes de estilos musicais ao longo dos anos e é espectacular! Começa com rock 'n roll dos anos 50 e termina em grande com uma brutal coreografia Gospel que se transforma em hip-hop (ao estilo Whoopi Goldberg - do Cabaret para o Convento parte 2) com pandeiretas (ou pandeiras) ---Susana, ias adorar esta cena!---

Como oficial tenho um código de vestuário muito restrito. Posso ir a todo o lado, mas só com a roupa adequada. Posso andar em locais públicos com uma roupinha de jeito ou com o meu uniforme de dia até às 20h, exceptuando a noite formal em que preciso esconder-me e mudar de roupa às 17h. Como o espectáculo ontem começava às 19h, fui com a farda branca. Lugar de primeira fila para o Shout. Bailarinas e bailarinos vestidos de motards, tudo em cabedal, com guiadores de motas com pára-brisas (tipo as motas dos bófias nos filmes) e luzes e tudo. Rock da pesada para abrir, motards a dançar, música passa para o Bad To The Bone, grande onda! A seguir vem Devil in a Blue Dress e entra a Heather com um mini vestido de cabedal preto (sempre me interroguei por que não um vestido azul....) a cantar e a dançar.

Gigantes dos mares... pelo menos um deles!

Estes espectáculos contam com um casal de cantores... "production singers", estilo Broadway, que cantam e dançam. Neste caso é mesmo um casal, já que o Dave e a Heather são namorados há já um ano e vieram juntos para o navio. A Heather é loira e super gira. A perfeita Barbie! Em palco a mulher transforma-se duma maneira que até dá gosto ver. Em palco é a gaja mais sexy que alguma vez vi à minha frente! E comigo na primeira fila deixou-me mais vermelho que um pimento!

Quando entra a cantar Devil in a Blue Dress vem ter comigo, sozinha em palco com o foco de luz em cima e começa a cantar e a dançar para mim (como faz sempre que me sento na primeira fila), mão a deslizar do peito até à anca e rabinho a dar a dar... olhos nos olhos. Habitualmente vou ao show das 22h30 e estou de fato, pelo que passo despercebido como apenas mais um "passageiro". Ontem foi a primeira vez que fui de fardinha branca com emblemas no colarinho e divisas reluzentes. Pois quando começou a "seduzir-me" sorri, como sempre faço... é impossível ficar indiferente à performance dela. Mas ontem TODA a gente na sala via que eu era tripulante. E pelo canto do olho via malta a chegar-se a à frente para olhar para mim. C'um catano, às tantas já nem sabia onde enfiar-me! E ainda me fez isto mais umas duas vezes durante o espectáculo! ADOREI! Uma pessoa que venha a um cruzeiro destes não pode perder nenhum dos espectáculos. Temos dois: Shout (o tal que mencionei agora) e o Extreme Country. Ambos são fabulosos e excederam de forma desmesurada qualquer expectativa que eu tinha acerca do que ia encontrar. São mega-produções e são fantásticos! Acredito que o cruzeiro é uma experiência muito mais pobre para quem não vai à Americana Lounge para presenciar isto.

Acho curiosa esta placa.

E é tão fixe ver em palco a malta com quem convivo diariamente. Incluem-me sempre no espectáculo. A Heather fez-me isso. A Melody (namorada do Eddie) ora me manda um beijo ora me tira uma foto como fez ontem. Há sempre alguém que me pisca o olho ou diz adeus ou me faz sentir parte daquilo... mais do que isso, dão-me vontade de estar lá! Em parte é esta proximidade com os espectáculos que me fez voltar a pegar na guitarra. Não para estar lá, mas porque sinto falta da música e de como ela me preenche. Sinto falta daquele nervoso no estômago que sentia minutos antes de pisar o palco com os meus amigos, quando ainda tínhamos a tuna... ---Grégos, vamos ter actuação no teu casório? Lembra-te de me dizer quais músicas, para ensaiar por cá!---

Playa del Carmen em Calica. Consegue ver-se a ilha de Cozumel no horizonte... mas não nesta foto. Para já não tenho muito mais coisas para acrescentar. Não posso abusar das fotos neste post porque tão cedo não vou ter acesso a internet rápida. Vou aproveitar os próximos dias em Calica e Progreso para tirar muitas fotos para fazer um post cheeeeeeio de bonitas paisagens! ---sim Templas, Fechas e JP, sei que querem fotos de outro tipo de paisagens, mas para já não tenho nenhumas---

Até à próxima!

sábado, 22 de março de 2008

Cozumel é a loucura...

Nota: este post já foi escrito há quase uma semana mas tive de esperar até ter ligação de jeito para enviar todas as fotos

Que faço eu a rastejar? Persigo uma iguana para fotografá-la de perto, obviamente!

Hoje é "sea day". Amanhã é dia de Progreso. No dia seguinte é Cozumel de novo. E meus amigos, deixem-me contar-vos acerca do último dia passado em Cozumel!

Foi a loucura desde o momento em que meti as patas fora do navio. E tudo começou há algum tempo atrás. Há umas semanas fui ao meu local de eleição em Cozumel, a Wendy's Margarita House. Quando vinha com o Dale a caminho do navio, ainda cedo porque ia trabalhar às 16h, cruzámo-nos com algumas bailarinas e o Eddie (baixista e director musical). Iam jogar mini-golfe e convidaram-nos para um joguinho. Infelizmente recusei porque ia trabalhar. O Dale recusou porque ia ao Hotel Barracuda encontrar-se com alguém no No Name Bar. E o grupinho lá seguiu para o mini-golfe enquanto nós dois seguimos no sentido inverso.

Estas lagartichas são grandes que se fartam!

Desta vez estava de folga. E perguntei à Jaime (ruivinha e canadiana, muuuuito gira) se iam de novo ao mini-golfe porque estava de folga e podia ir com eles. Juntei-me então ao grupinho e lá fomos nós: Jaime, Eddie, Sam, Cherie, eu e Melody. No sítio onde íamos apanhar o táxi para o centro de Cozumel estavam já outras bailarinas à espera. E seguimos todos, nove no total, numa carrinha táxi. Fomos almoçar a um restaurante de comida oriental. Foi fixe e comeu-se bem. Dali, umas seguiram para as compras, outras para outros sítios e eu fui com o grupinho do mini-golfe. Bebi um Long Island que me deixou com a cabeça ligeiramente à roda. Tonto mas divertido!

Cerveja mexicana no Fat TuesdayPsiu! É a fingir! Aquilo era o balde do gelo...

No mini-golfe deram-nos uns walkie-talkies para pedirmos bebidas e lá fomos nós. Começámos com uma rodada de shots de gelatina. Buraco a buraco lá fomos nós de taco em riste. Muito calor e muita risada. Sangria, cerveja, shots de gelatina... e iguanas em todo o lado. Nós temos lagartichas, os mexicanos têm iguanas do tamanho de cavalos! As iguanas andam em cima dos muros e por todo o lado... MESMO! Na rua, quais gatos vadios nas ruas de Lisboa.

Mais uma lagarticha Outra lagarticha

Posso finalizar a história do mini-golfe dizendo que a certa altura já não me apetecia andar às tacadas e a correr atrás da bola que teimava em caír ribanceira abaixo e para dentro de tudo o que eram obstáculos de água! Álcool e mini-golfe não se misturam bem, digo eu.

   A descobrir o cowboy que há em mim, a preparar-me para o próximo contrato no Texas Uma sanita de enfeitar no meio da esplanada. Quando a vontade aperta...

Brincadeirinha

Do "green" seguimos para um bar muito fixe chamado "Fat Tuesday" e sentámo-nos na esplanada. Muita comida, cerveja mexicana e shots não sei de quê. Terminámos a tarde em grande e voltámos ao navio. Não me lembro de muitos pormenores ou de grande parte das fotos que tirei. O Eddie afirma que me deitou na cama e que eu andei no corredor de almofada debaixo do braço e que me disse "this isn't fucking camp, just go to bed"! Acordei perto das nove da noite, jantei, tomei qualquer coisa para a dor de cabeça, duche para refrescar as idéias, barbinha feita e arranjei-me para a festa.

 Diz aque o queijo frito com guacamole era uma chamada em linha para mim... mas ninguém respondeu quando atendiEddie C. e Bruno P.

Era noite de Black and White Party no salão Doc Holiday no deck Promenade. Nas noites de Cozumel há sempre uma festa com música ao vivo e buffet mexicano no Lido Deck junto à piscina. É a noite ideal para organizar festas para a tripulação nos salões das áreas públicas, seja a discoteca ou o salão Doc Holiday, já que todos os passageiros estão a enfardar que nem bois no buffet à beira da piscina.

Melody, eu, Sarah, Jaime, Sam e Nicole

As dançarinas estavam todas vestidas para arrasar. Que vizinhança tão bonita que eu tenho! Acabei por vestir as calças do meu inseparável fato que todos dizem que foi feito por encomenda porque assenta tão bem... mas que foi comprado no Jumbo de Alfragide! Calcinhas do fato, camisa preta e gravata branca. Só me faltava um chapéu branco com uma fita preta para parecer um verdadeiro gangster. Ainda perguntei à Nicole, uma das dançarinas, se devia levar o casaco, mas ela disse que não. Também gostei do resultado final sem casaco. Tirámos umas fotos à porta do elevador antes de subirmos ao Promenado Deck (nono andar do navio) e seguimos.

Parish e eu

A noite foi fixe. Montes de gente, a música não estava alta demais e a malta até conseguia estar na conversa. E é sempre bom ver, com roupas de "ir à rua", aquelas colegas com muito bom aspecto que andam sempre fardadas no dia-a-dia. Fiquei fã da malta da Europa de Leste!

Tirei cerca de 145 fotos desde que levantei o cú da cama neste dia! E ainda me arrisquei a ser fotografado por um dos fotografos do navio, em fundo branco e com equipamento profissional. Saíram tão bem as fotos! Quaaaaase fiquei bonito e tudo! Afinal a tecnologia faz milagres! E o chapéu branco com a fita preta apareceu milagrosamente: o Dennis (o dançarino de cabelo comprido da foto aquática de um dos posts anteriores) tinha um e roubei-lho para as fotos. Espectáculo!

Byron eu e Dennis, Parish, Sarah, Clair e Nicole

Este dia ficou gravado na história como o mais divertido desde que cheguei! E depois de amanhã estamos de novo em Cozumel... mas desta vez vou portar-me bem. O Eddie está fora do navio durante dois cruzeiros e o Dale está a substituí-lo como director musical. 'Tadinho, está a morrer de stress. Nem come, sempre de volta de um monte de burocracias.

Não tenho estado muito tempo com a Talia. Anda estranha e já não estamos tão próximos como antes. Também é verdade que ando com outras pessoas e os meus dias estão muito mais ocupados do que antes. Chegámos mesmo a ter uns arrufos, mas nada de grave. Ontem falou-me em desistir e ir-se embora porque não quer continuar. A melhor amiga dela a bordo vai embora no final deste cruzeiro, no mesmo dia que o Dale, e ela acha que depois da Kim sair ela não vai aguentar isto muito mais tempo. Logo se vê...

No último dia em Mobile estive de folga e fui inesperadamente convidado pela Parish para passar o dia com ela. A Parish é a vizinha da frente e divide o quarto com a Melody. É americana, formada na faculdade como professora de música. Dança, representa e é professora de música. Quem diria! Quase toda esta gente tem um curso superior. Muitos não trabalham na área em que se formaram, mas no caso das dançarinas até não fogem muito do que estudaram. Muitas estão a tirar o curso de dança ou artes ou música ou coisa parecida e trabalhar a bordo é uma espécie de pausa nos estudos.

Tão bonitinhos! Esqueci-me de trocar de relógio... mas ao menos condizia com as almofadas da foto! E vermelho e azul são as cores da Carnival

Pois a Parish tem vindo a revelar-se uma verdadeira surpresa. Há quem diga que existem duas... e que é uma espécie de vampira que só se revela à noite. Comigo acho que só existe uma Parish. E é uma que não se cala um segundo, super divertida e hiper-activa.

Para aqueles que já estão a desenhar grandes romances: esqueçam. É completamente apanhada pelo namorado, um ex-jogador de basebol que lesionou um ombro quando ia tornar-se profissional e agora é treinador. Contou-me que é doida por ele e que planeiam casar e comprar casa quando terminar o contrato no navio.

 Subi para cima de um degrau para tirar esta foto...

Estava mortinha por comida mexicana... do Taco Bell! Para quem não está familiarizado, Taco Bell é uma cadeia americana de fast-food mexicana. Ou seja, ela queria comida americana a fingir que é comida mexicana... como se não fosse ao México duas vezes por semana. E aquela porra era longe! Foi quase uma hora a andar, com uma pausa na biblioteca para experimentar a ver se tinham wireless grátis. Acabou por ser no Taco Bell que encontrámos internet grátis e super rápida! Maravilha!

... já que o senhor Dale é um bocadiiiiiinho mais alto que eu! 

Foi um dia bem passado. Descobri uma miúda espectacular, super divertida e com quem passei o dia todo a rir. Já tínhamos passado uma noite gira na festa Black and White, mas era a noite do aniversário dela e ela tinha bebido uns copitos de vinho a mais. Descobri foi que sóbria é tão divertida como com vinho. E melhor, descobri que comigo não existem as "duas Parish" que os outros dizem que existe.

Hoje é noite formal. Estou na enfermaria até às 20h e talvez me vista a rigor para ir passear.

Tenho tantas fotos para meter aqui que certamente só farei o upload de tudo em Cozumel, quando tiver uma ligação de jeito.

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Grande post! Hoje é véspera de Cozumel. Estivemos ancorados em Progreso, mas trabalhei o dia todo e estou agora de chamada. Tenho tido sorte... nem uma chamada até agora! Estou só sentado na minha cama, de porta aberta, a tentar terminar este post para fazer o upload amanhã em Cozumel. Tenho os dedos da mão esquerda a latejar. Estive umas três horas a tocar guitarra, a tentar fazer as pazes com ela, a pedir-lhe desculpa por não lhe ter pegado durante anos. E ela desculpou-me, mas vingou-se nos dedos. Há já muito tempo que não tinha bolhas na ponta dos dedos - e alguns de vocês podem estar a rir e a dizer "deves ter bolhas nas mãos e não é da guitarra" -.

Vou começar amanhã com as aulas de guitarra com o Matt. E hoje já dei a dica à Parish e vamos falar sobre uma coisa amanhã: quero aulas de canto. É desta que me torno um artista de renome internacional! Vamos ver se crio bases musicais. Teoria aliada à prática adquirida (e esquecida) ao longo dos anos.

É bom voltar a ter gosto pelas coisas que abracei há anos e que larguei nem sei bem quando ou porquê. Sei que em parte foi pela vida de cão que levava em Portugal, a trabalhar 16 horas por dia, sem vontade para nada quando chegava a casa. Descobri que tenho músicas da TAE no portátil e estou a pegar em tudo ao mesmo tempo! Para já o meu repertório conta com I Miss You de Incubus, Tears In The Rain de Joe Satriani, 316 de Van Halen e Silent Man de Dream Theater. Quando tiver estas na ponta da língua - e dos dedos - arrisco a tocar numa qualquer festa de tripulantes.

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Pequena pausa na escrita! A minha chefe veio chamar-me para irmos à festa de St Patrick's Day. Com as minhas calças do bloco do HSFX, "scrubs" branco com logotipo "Carnival Medical Operations", dois pagers, rádio motorola e mala médica com rodas (qual carrinho de compras das velhas) lá fui eu à festa. Levei a t-shirt do Lanterna Verde e vesti-a sobre o fato de circulação, para não destoar e ter algo verde. Seis horas depois estou de novo sentado na cama a escrever. Foi festarola até agora. E nem uma chamada! Isto sim é fazer noite... não é cá como no HFF, a trabalhar que nem um mouro!

Não tenho fotos porque não levei a câmara, mas tirei umas quantas com a máquina da Chavonda. Depois meto aqui algumas para verem!

Acho que por agora chega. Com a quantidade absurda de fotos que meti aqui agora duvido que consiga fazer o upload disto amanhã. Vou dormir sobre o assunto e vocês vêem o resultado final mais cedo ou mais tarde.

Viva a vida de emigrante!

Liiiiinda Clair...     Como a banda tem actualmente três Matts, todos têm um novo nome próprio. Apresento-vos Piano Matt!

P.S.: alguém sabe se o Sarmento está vivo? Já alguém lhe dava o endereço disto e o obrigava a vir cá dizer uma palermice qualquer.... tenho saudades dele!

quarta-feira, 19 de março de 2008

Peço perdão

Festa Black and White... há mais no próximo capítulo! A porta da minha cabine

Caros seguidores da novela "Bacalhau das Caraíbas":

Venho por este meio pedir o vosso perdão pela ausência de novos episódios. Como sabem, a vida para estes lados é extremamente complicada e torna-se difícil arranjar tempo para tratar do guião. A juntar a isso houve uma série de situações que me impossibilitaram de levar até vós as parvoíces do costume.

Há já algum tempo que optei por fazer os uploads dos novos posts enquanto estou em terra, com ligação rápida e grátis. Mas para isso preciso ter algo escrito e com fotos e vídeos... um episódio completo para ligar-me a fazer o upload. Essa é a parte difícil, já que ando armado em preguiçoso no que diz respeito à escrita. Chamem-lhe "bloqueio do escritor" se quiserem. Depois preciso de um dia calmo no porto onde estiver. E também não tem acontecido. Em Cozumel foi farra o dia inteiro e quase nem me lembro de regressar ao navio. A seguir foi Calica, com almoço mexicano e praia, pelo que nem me dignei a levar o portátil. Em Mobile tive ligação à net, de luxo (consegui downloads a 205Kb/s no Taco Bell) mas também tive a companhia da dançarina/cantora/professora de música Parish e até parecia mal deixá-la a falar sozinha e ficar agarrado ao computador a escrever posts e a meter fotos. Não sei se têm noção, mas nunca demoro menos de uma hora a escrever um post. Os mais longos demoram muuuito mais que uma hora!

Já com um peso na consciência e mais de 145 fotos por onde escolher decidi-me a escrever-vos algo. E assim começou um post que se estendeu por três dias, cheio de fotos e muitas tropelias. Estava terminado e confirmado o upload em Cozumel para ontem... mas eis que ventos fortes e ondas muuuuuuuito grandes nos impediram de chegar ao porto em segurança.

Amanhã é dia de Mobile e vou trabalhar, pelo que também não há hipótese de ir à rua e fazer o upload do trabalho já feito. O cruzeiro que se segue é de quatro dias e só paramos em Cozumel. Estou a entrar apenas às 16h e vou poder comer um burrito e ligar-me em condições para vos mostrar as fotos e contar as aventuras.

Até lá fiquem com este texto de consolação. E peço perdão!

Gostam da foto? Não percam o próximo capítulo com toda a história!